Como faço para aumentar o consumo de alimentos saudáveis?

Você sabe o que são alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados?

Sempre ouvimos dizer que deveríamos ter uma alimentação saudável para que vivamos com mais saúde e estejamos protegidos do desenvolvimento de doenças como a obesidade, diabetes, hipertensão, desnutrição e doenças cardiovasculares.

Mas, o que seria uma alimentação saudável?

Pensando em hábitos saudáveis, muito mais do que colocarmos alimentos de difícil acesso e custo elevado ou de retiramos determinados alimentos, ou grupo deles, como se fossem os vilões da nossa alimentação, precisamos conhecer melhor os alimentos para que possamos escolher de forma adequada o que vamos consumir.

Como podemos fazer boas escolhas?

Consumindo uma grande diversidade de alimentos, ricos em fibras, vitaminas e minerais, utilizando pouca gordura e dando preferência para fontes vegetais de proteínas.

Devemos preferir os alimentos da época pois usam menos agrotóxicos e geralmente têm um preço mais acessível. Quando possível, a opção pelos orgânicos é muito bem-vinda.

Devemos, ainda, preferir alimentos preparados em casa e evitar produtos industrializados.

Como os alimentos são classificados?

Os alimentos são classificados em 4 grandes grupos: in natura, minimamente processados, processados e utraprocessados.

Alimentos in natura

O alimento in natura é o alimento puro, da forma como é retirado da natureza, sem passar por nenhum tipo de processamento ou alteração da sua composição inicial. São os legumes, verduras, tubérculos, ovos… Como regra, sofrem rápida deterioração.

Alimentos minimamente processados

Pequeno processamento dos alimentos in natura, para que sua durabilidade aumente e seu consumo seja facilitado, os transformam em minimamente processados. São realizados processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis, secagem, embalagem, moagem, congelamento… É o caso de arroz, feijão, grãos como milho ou trigo, farinhas, leite e carnes.

Alimentos processados

O alimento processado é aquele onde é acrescentado algum aditivo como sal, açúcar, óleos ou vinagre para aumentar a durabilidade dos alimentos in natura e para torná-los mais apetitosos ao paladar. Geralmente alteram de modo desfavorável a composição nutricional dos alimentos. São alimentos em conserva, queijos, pães…

Alimentos ultraprocessados

São alimentos fabricados, comercializados prontos para consumo, com a adição de inúmeros ingredientes como óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas, gorduras hidrogenadas, amido modificado, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes.

As técnicas de manufatura podem modificar o sabor, cor, aroma e textura dos alimentos e o objetivo do ultraprocessamento é tornar o alimento atraente, acessível, palatável, apresentar longa vida de prateleira e praticidade.

Estes alimentos utraprocessados são os mais prejudiciais à nossa saúde.

Como saber quais são estes alimentos prejudiciais?

Adquirir o hábito de consultar o rótulo dos alimentos é uma forma de aprendermos a diferenciá-los. Alimentos in natura não têm rótulos. Os minimamente processados algumas vezes também não os tem – ou apresentam apenas a descrição do processo a que foram submetidos.

Já os processados e ultraprocessados terão o rótulo onde estarão os ingredientes em ordem decrescente em relação à sua quantidade existente naquela preparação. Os alimentos ultraprocessados terão um número enorme de ingredientes e muitos nomes pouco comuns que temos até “dificuldade” de ler.

Fazendo boas escolhas

Sabendo quais são as categorias dos alimentos, podemos começar a fazer nossas escolhas.

Nossa alimentação deve ser baseada nos alimentos in natura e minimamente processados com pequenas quantidades dos processados, geralmente utilizados em receitas preparadas em casa.

Os alimentos ultraprocessados devem ser evitados e consumidos em pequena quantidade e em situações de exceção.

Desta forma, estaremos realmente nutrindo nosso corpo e não apenas ingerindo calorias.

Qual a melhor dieta para emagrecer?

Diariamente mais pessoas começam uma nova dieta e, muitas vezes, elas não funcionam. Assim, vemos aumentar de forma significativa o número de indivíduos com obesidade ou sobrepeso.

Muitas dietas diferentes

Vários tipos de dieta são utilizados. Algumas com muitas pesquisas realizadas, outras que ficaram conhecidas por terem sido realizadas por pessoas famosas… ainda há aquelas que circulam pela internet e grupos de whatsapp ou que receberam nomes de instituições onde (supostamente) foram criadas. A cada ano, uma está mais em evidência.

Mas será que existe uma dieta melhor que a outra?

Muitos estudos são, frequentemente, realizados comparando resultados das dietas.

Um deles, realizado em Boston, nos Estados Unidos, comparou quatro dietas populares: dietas pobres em carboidrato, com equilíbrio de macronutrientes, de restrição calórica e com baixo teor de gordura.

Qual dieta emagrece mais?

 Após um ano de acompanhamento, foram vistos os seguintes resultados:

  • a perda de peso média foi semelhante nas quatro modalidades.
  • Cada dieta reduziu significativamente o colesterol “ruim” (LDL) e aumentou o “bom” (HDL).
  • Para cada dieta, a perda de peso foi significativamente associada a melhoras nos exames de sangue (níveis menores do colesterol total,  da proteína C reativa e insulina) sem diferença significativa entre as dietas.
  •  As taxas gerais de adesão à dieta foram baixas, menos de 25% dos pacientes conseguiram permanecer seguindo adequadamente seus planos alimentares.

Mas, então, o que isto significa?

A quantidade de perda de peso foi associada aos níveis de adesão à dieta e não ao tipo de dieta!

Como manter uma dieta por mais tempo?

Para conseguirmos manter a dieta, devemos escolher um plano que nos faça descobrir novos sabores e prazeres e que se adapte às nossas preferências individuais, culturais e ao nosso estilo de vida.

Também devemos evitar dietas muito restritivas já que dificilmente conseguiríamos mantê-la por muito tempo e, frequentemente, estas dietas são seguidas de episódios compulsivos.

A melhor dieta é a que você faz

Este estudo comprovou que várias abordagens dietéticas podem ser usadas para reduzir o peso e melhorar os marcadores de risco cardiovascular.

Também mostrou que a adesão a qualquer programa alimentar específico pode ser mais importante do que o tipo da dieta consumida pois os indivíduos mais aderentes apresentaram melhores respostas na perda de peso e nos parâmetros de risco cardiovascular.

Resumindo, a melhor dieta é a que conseguimos fazer!

Por que meus cabelos caem?

Um endocrinologista falando de queda de cabelos?

Pode ser estranho ver um endocrinologista escrevendo sobre queda de cabelos se o médico responsável por tratar cabelos é o dermatologista.

Mas isto é importante porque além das doenças dermatológicas e do excesso de química a que, muitas vezes, submetemos nossas madeixas, temos muitas outras causas.

Medicamentos podem levar a queda de cabelo

Muitas medicações podem ser a fonte do problema: anti-depressivos, anti-inflamatórios, estatinas (que são remédios para colesterol), anticoagulantes, antivirais…

Estes últimos são medicações usados pra tratar HIV e hepatites e estas próprias doenças também são causas da perda de cabelo.

Períodos específicos da vida podem intensificar a queda

Isso também ocorre devido ao stress e em alguns períodos específicos da vida como após o parto ou no período do climatério e menopausa.

Causas endócrinas de queda de cabelo

Em relação as causas endócrinas, podemos citar algumas que são bastante relevantes:

  • Excesso de hormônios masculinos. A produção excessiva de testosterona e  androstenediona que é vista na síndrome dos ovários policísticos ou na hiperplasia adrenal congênita pode cursar com queda do cabelo.
  • Atenção! Devemos lembrar que isto vale também para quem usa testosterona, inclusive na forma de géis!
  • O excesso de cortisol, apesar de uma patologia menos comum, causa perda expressiva dos fios.
  • Alterações da tireóide são muito frequentes na população, principalmente entre as mulheres, e também são causa de queda de cabelo – tanto o hipotiroidismo quanto o hipertireoidismo.
  • O diabetes  quando está descontrolado também aumenta a queda.

Dietas restritivas levam à perda dos fios

Além destas alterações hormonais, dietas muito restritivas com aporte calórico muito reduzido e, principalmente, aquelas pobres em vitaminas e minerais como ferro, biotina, vitamina D, zinco podem provocar a queda.

Esta situação frequentemente é vista nos pacientes que foram submetidos à cirurgia bariátrica, de forma mais intensa naqueles que não fazem as reposições adequadas das vitaminas e minerais prescritos.

Atenção dos sinais do nosso corpo

Desta forma, é importante descartar além de doenças dermatológicas inúmeras outras condições e patologias associadas!

E lembrar que a queda pode ser não apenas uma queixa isolada mas um sinal de alerta de problemas eventualmente mais sérios.  Não deixe de investigar!

O Índice de Massa Corporal pode dizer se estou obeso?

O Índice de Massa Corporal (IMC) é um cálculo utilizado para avaliar se o peso de determinado indivíduo está adequado à sua altura.

E é o índice utilizado pela Organização Mundial de Saúde.

Como calcular?

É calculado dividindo o peso (em quilograma) pelo quadrado da altura (em metros).

Encontramos, assim, um valor em Kg/m2.

Qual é o IMC adequado?

Não existe um valor único ou um valor ideal. Existe uma faixa considerada normal.

Quando se está abaixo desta faixa, consideramos o indivíduo baixo peso e, acima dela, com sobrepeso ou obesidade.

IMCClassificação
Abaixo de 17Muito abaixo do peso
Entre 17 e 18,49Abaixo do peso
Entre 18,50 e 24,99Peso normal
Entre 25 e 29,99Acima do peso
Entre 30 e 34,99Obesidade I
Entre 35 e 39,99Obesidade II (severa)
Tabela de classificação dos valores do IMC

Como funciona o IMC para crianças?

Para crianças, há necessidade de fazer o cálculo e colocar no gráfico de acordo com a idade e sexo para a correta avaliação.

É considerado sobrepeso quando o valor está acima do percentil 85 e obesidade quando acima do percentil 95.

Por outro lado, abaixo do percentil 3 é referido como magreza e abaixo do 0,1, magreza acentuada.

Exemplo de gráfico de IMC:

Gráfico de IMC

O IMC é uma boa medida?

O IMC é amplamente utilizado e considerado uma excelente medida para estudos populacionais. Ou seja, quando queremos avaliar a população como um todo e a associação de doenças com determinada faixa de peso. Nestes casos, o método é bastante interessante.

O IMC serve para qualquer pessoa?

Não. Quando falamos de medidas individuais, o IMC pode não ser muito fidedigno.

A medida do IMC pode não ser suficiente

Um atleta musculoso, por exemplo, terá um peso muito alto e, consequentemente, um IMC muito elevado, sem estar obeso pois sua quantidade de gordura é baixa.

Por outro lado, pessoas aparentemente magras mas muito sedentárias costumam ter peso normal mas com poucos músculos e uma quantidade percentual de gordura elevada.

Como medir a composição corporal adequadamente?

Para medidas mais adequadas à real composição corporal do indivíduo devemos avaliá-la de formas mais fidedignas como pelo método de absorciometria de raios-x de dupla energia (DXA)  ou, mais amplamente usado nos consultórios, o exame de bioimpedância elétrica.

E você, sabe como está seu peso? E sua composição corporal?

Por que a maioria das dietas não funciona?

Cada dia que passa vemos surgir novas dietas. E, apesar disso, o número de obesos não diminui. Pelo contrário, continua a crescer no mundo todo.

Por que isto acontece? Por que a maioria das dietas não funciona?

Receita de bolo

Porque a maioria das dietas é praticamente uma “receita de bolo”, aceitando pouquíssimas variações e não respeitando as individualidades.

Muitas vezes a dieta não se encaixa no estilo de vida ou os gostos pessoais, incluindo alimentos que a pessoa simplesmente detesta ou excluindo alimentos de importância cultural ou mesmo sentimental.

A dieta precisa encaixar na sua vida

E não sua vida na dieta. Lógico que precisamos fazer mudanças e nos adaptar a relações mais saudáveis com o alimento, mas a dieta precisa estar adaptada às nossas necessidades e não o contrário.

Fatores emocionais

Precisamos considerar, na abordagem da obesidade, os aspectos psicológicos e as motivações individuais na busca pela comida. Avaliar o que é fome, gula ou stress.

Estilo de vida saudável

Não só o que comemos é responsável pela perda (ou ganho de peso). Precisamos considerar o quanto de atividade física praticamos, como anda nosso sono, nossas relações interpessoais e o humor.

Nosso peso sofre influência de inúmeros fatores e precisamos de uma vida mais equilibrada para termos resultados.

Pequenos passos

Muitas vezes temos a impressão de que para conseguirmos perder peso, precisamos de mudanças radicais, mas a maioria de nós não consegue implementá-las.

Outros conseguem mudar  por pequenos períodos e logo voltam ao estado inicial – é o caso de dietas muito restritivas, frequentemente seguidas por períodos de compulsão alimentar.

Na verdade, precisamos de pequenas mudanças mas que possamos manter. Pequenos passos somados nos levam ao nosso objetivo e aumentam a chance de sucesso duradouro.

Mudanças para a vida toda

Precisamos compreender também que mudanças em busca de uma alimentação saudável são necessárias para a vida toda, é um investimento de longo prazo e não até o casamento do irmão ou a festa de formatura.

E para conseguirmos incorporar mudanças reais à nossa vida, não devemos estabelecer muitas regras ou restrições pois estas se tornam mais difíceis de serem mantidas.

Como resolver, então?

Mantendo o consumo de alimentos de qualidade e escolhendo um plano que realmente se adapte ao ritmo de vida de cada um, sendo mais fácil de manter.

Necessitamos também buscar uma melhor relação com a comida e mudar outros hábitos como uma vida mais ativa, um sono de boa qualidade e bons relacionamentos.

Osteoporose em homem? Pode ser mais comum do que você imagina!

Osteoporose

Embora  seja reconhecida como uma doença que afeta principalmente as mulheres, a osteoporose  tem sido vista como um problema importante também nos homens.

Caracterizada por uma diminuição da massa óssea e um aumento na fragilidade óssea, aumentando significativamente o risco de fraturas.

Quem fratura mais: homens ou mulheres?

As fraturas costumam ser mais frequentes no sexo masculino durante a infância e adolescência, provavelmente porque a maioria dos meninos se arrisca mais em brincadeiras e “aventuras”.

Na meia idade, as mulheres ultrapassam os homens após entrarem na menopausa e perderem massa óssea rapidamente devido à falência dos ovários.

Já na senilidade, o risco aumenta em ambos os sexos, permanecendo mais alto nas mulheres.

Como o homem não apresenta a perda brusca vista nas mulheres, o risco cresce, mas ocorre cerca 10 anos mais tarde.

O osso é uma poupança que fazemos jovens para utilização na velhice

O nosso pico de massa óssea é atingido entre a segunda e terceira décadas (aproximadamente entre 20 e 30 anos) com o estímulo do estrogênio, da testosterona e do hormônio do crescimento (GH). Estes hormônios têm grande importância na formação de massa óssea tantos nos homens quanto nas mulheres.

Após a terceira década, não costumamos aumentar a densidade dos nossos ossos e com a diminuição dos níveis hormonais ao longo dos anos, começamos a perdê-la, lentamente, “gastando” aos poucos a poupança que fizemos.

Quais os tipos de osteoporose o homem pode ter?

Basicamente dividimos em dois grupos: osteoporose primária e secundária.

A primária geralmente é pela própria idade devido a uma perda lenta da massa óssea, geralmente após os 70 anos.

Em  40 a 60% dos casos, ela  é  secundária a alguma outra causa.

Fatores de risco para osteoporose em homens

?Idade superior a 70 anos

?Deficiência severa da vitamina D

?Alcoolismo

?Tabagismo

?Hipogonadismo (deficiência na produção de testosterona)

?Uso de medicações, como os corticóides

?Baixo peso

Como fazer o diagnóstico?

O diagnóstico é feito quando há fraturas por fragilidade (fraturas por traumas mínimos) e/ou por exames de imagem.

O melhor exame para o diagnóstico é a densitometria óssea.

Como tratar

A decisão quanto ao tratamento vai depender da avaliação clínica, da investigação diagnóstica, da avaliação do risco de fratura e das medidas da densitometria óssea.

Mudanças no estilo de vida deverão ser orientadas:

  • Prática regular de  atividade física (tanto caminhadas como exercícios resistidos – musculação, por exemplo)
  • Avaliação e ajuste da alimentação
  • Cessação do tabagismo
  • Diminuição da ingestão de álcool.

Também pode ser necessária a prescrição de medicamentos e  suplementos (como cálcio e vitamina D) em alguns pacientes.

Mais uma vez, podemos perceber que um estilo de vida saudável previne e trata uma série de doenças!

Vamos cuidar de nós mesmos e dos nossos idosos!?

Quando e como devo tomar os remédios para tireóide?

A tireóide

A Tireóide é a responsável pela produção dos hormônios T3 e T4 e pode alterar nosso ritmo intestinal, humor, apetite, influenciar na nossa memória, no crescimento e queda dos nossos cabelos, nas unhas… enfim mexer com todo nosso organismo!

Podemos dizer que os hormônios tireoidianos são os reguladores do nosso metabolismo que é a maneira como o seu corpo usa e armazena energia.

É uma glândula localizada na região do pescoço, pesando cerca de 15 a 20g no indivíduo adulto. Tem formato de uma borboleta, possuindo dois lobos (as “asas”) e um istmo (o “corpo”) que os une.

Quando preciso de remédio para a tireóide?

Quando a tireóide apresenta alterações funcionais, ou seja, produz quantidades insuficientes ou acima das nossas necessidades, precisamos de tratamento para ajuste dos níveis hormonais.

No hipotiroidismo, onde a produção é insuficiente, o tratamento sempre será feito com a reposição do hormônio (uma substância chamada levotiroxina).

Já o hipertireoidismo, quando a produção é excessiva, existem tratamentos diferentes como a cirurgia, o uso de iodo radioativo e, também, com a prescrição de medicamentos, as drogas anti-tireoidianas.

Preciso  tomar o remédio da tireóide em jejum?

Quando tratamos o hipotiroidismo, a levotiroxina deverá ser tomada em jejum com pequena quantidade de água e distante de 30 a 60 minutos da alimentação e do uso de outras medicações para que não haja prejuízo da sua absorção.

Já os remédios para o hipertireoidismo não têm relação com a alimentação, devendo ser utilizados no horário indicado pelo médico.

Tempo de tratamento para tireóide

É comum os pacientes perguntarem se vão tomar remédio para tireóide para o resto da vida. Dependendo da origem do problema, temos certeza que sim. Podemos citar como exemplo os pacientes que retiraram cirurgicamente a glândula.

Como regra, os pacientes com hipotiroidismo necessitarão sim de medicamentos por toda vida. Mas, como toda regra tem exceção, conseguimos retirá-lo em alguns casos.

Já o hipertireoidismo costuma utilizar remédios por menos tempo. Caso o quadro não melhore, opta-se, em geral, por outras formas de tratamento.

E você,  sabe como sua tireóide está?

Minha libido está baixa, o que faço?

O que é libido?

Geralmente relacionamos a palavra libido ao interesse sexual e é sobre isto que falaremos aqui.

Mas é interessante saber que libido também significa desejo ou anseio: nossa energia vital que é  usada para a realização de todos os nossos instintos.

Por que é importante falarmos sobre libido?

Cada dia é mais comum as mulheres se queixarem de diminuição de libido e procurarem ajuda médica, muitas vezes já interessadas no uso de testosterona.

Mas por que isto acontece? Será mesmo este o tratamento indicado?

Causas de diminuição de libido

Inúmeros são os fatores que podem interferir no desejo sexual:

  • Psicológicos
  • Culturais
  • Religiosos
  • Efeitos colaterais de medicações
  • Tabagismo
  • Sedentarismo
  • Alterações hormonais variadas

Desta forma, o tratamento deverá englobar os fatores causais presentes naquela paciente, não havendo nenhum tratamento medicamentoso único e milagroso.

Como é feita a avaliação de diminuição de libido?

Para avaliação adequada, uma consulta com uma história clínica bem feita, um bom exame físico e alguns exames laboratoriais deverá ser realizada.

Após a avaliação, o tratamento deverá ser instituído. Caso encontrada alguma alteração hormonal ou alguma outra patologia, esta será tratada.

Mas, e a testosterona? Raramente ela estará indicada. São pouquíssimas as situações onde temos indicação de uso (com respaldo da literatura científica) e muitos os possíveis efeitos colaterais.

Independente da necessidade de tratamento medicamentoso, devemos orientar mudanças no estilo de vida. Estas sim, têm respaldo científico evidenciando melhora do desejo sexual.

Dicas para melhora da libido:

? Reservar tempo para conexão com o parceiro

? Aumentar os estímulos sexuais (literatura e filmes eróticos, por exemplo)

? Trabalhar autoconfiança da paciente (livros, terapia…)

? Manter um peso saudável

? Abandonar o sedentarismo

? Melhorar o tempo e a qualidade do sono

? Encontrar formas de diminuir o estresse, lidando melhor com ele

As mudanças no estilo de vida são a chave para uma vida mais saudável e feliz! Vamos começar a mudança?

Você sabia que beber pouca água pode causar problemas renais, cardíacos e até câncer?

A água e o funcionamento do nosso corpo

A água é o principal componente do nosso organismo correspondendo a cerca de 70% do nosso peso e é de extrema importância para nossa sobrevivência.

Perdemos líquidos com nossa respiração, na transpiração, na urina e nas fezes e precisamos fazer a reposição ingerindo líquidos e consumindo alimentos que os contém. Verduras, legumes e frutas costumam apresentar grande quantidade de água na sua composição.

Por que preciso beber água?

A água participa dos processos de absorção e digestão dos alimentos, regulando a função intestinal, melhorando sua movimentação e prevenindo prisão de ventre.

Melhora o desempenho físico durante os exercícios aumentando a disposição e resistência e contribuindo de forma significativa para a regulação da temperatura corporal. Quadros de desidratação, mesmo leve, podem minar sua energia e te deixar cansado.

O nosso cérebro tem 80% de água na sua composição e a ingesta de água é necessária para nossa concentração, raciocínio e memória. Desidratação pode diminuir a capacidade cognitiva causando desconforto, irritabilidade e mudanças de humor.

A água também ajuda na manutenção e perda de peso. Aumenta a saciedade, nos levando a comer menos. Além disso, muitas vezes o nosso corpo confunde sede com fome, fazendo com que busquemos comida quando apresentamos algum grau de desidratação.

Os músculos têm cerca de 75% de água e requerem que estejamos bem hidratados principalmente quando queremos aumentá-los.

Pessoas que bebem pouca água têm maior risco de adoecer, estando mais predispostos a apresentarem cálculo renal, problemas em válvulas cardíacas e até alguns tipos de câncer, como os de bexiga e mama.

O quanto de água preciso por dia?

A quantidade de água que necessitamos varia muito. É dependente da idade, do peso, do nível de atividade física, do clima – locais quentes e secos aumentam nossa necessidade…

Depende também das nossas condições de saúde fisiológicas (normais) como a gestação e a lactação, ou patológicas (doenças) como febre, vômitos e diarréia.

A média de água que precisamos em situações normais é de 30 a 35 mililitros por Kg de peso por dia (Um adulto de 70Kg, por exemplo,  necessitaria de 2100 ml ou 2,1 litros).

Como consigo esta quantidade?

Cerca de 20% da água que necessitamos vem dos alimentos, principalmente frutas, legumes e verduras. Os outros 80% serão dos líquidos e a preferência é pela água. Embora possamos usar outros líquidos como alguns chás ou sucos, devemos evitar bebidas com cafeína, álcool ou açucaradas.

Dicas para beber mais água

Você pode ver como a água impacta na nossa vida! E como queremos viver bem e com muita saúde, vou colocar algumas dicas para que consigamos nos manter sempre bem hidratados!

  • Não espere ter sede
  • Deixe um copo com água na mesa de trabalho
  • Carregue garrafinhas de água com você
  • Beba um copo d`água em cada refeição e outro entre elas
  • Se for muito difícil lembrar, coloque o celular para despertar a cada duas horas
  • Se quiser algum sabor, tente adicionar limão, hortelã ou morangos, vai dar um sabor refrescante ou mais adocicado e facilitar a aceitação

E você, já bebeu toda a água que precisa hoje?

Como faço para aumentar o consumo de alimentos saudáveis?

Deixar de consumir alimentos saudáveis é mais prejudicial que o consumo dos alimentos ruins

Quando falamos sobre a nossa alimentação e o quanto nossos hábitos alimentares impactam na nossa saúde temos que pensar nos alimentos que devemos retirar ou diminuir a frequência na nossa dieta e, principalmente, no que devemos incluir nela.

Isto mesmo! Estudos mais recentes mostram que deixar de consumir grãos integrais, frutas, verduras, legumes, oleaginosas e sementes (alimentos ricos em fibras e nutrientes) é ainda mais prejudicial do que a ingesta dos alimentos “ruins”.

Então, se queremos um melhor funcionamento do nosso organismo, prevenir e tratar doenças crônicas e melhorar nosso corpo e nossa saúde em geral, precisamos acrescentar estes alimentos à nossa dieta!

Estes alimentos devem ser inseridos desde a infância, no período de introdução alimentar. Quanto antes fazemos esta oferta, melhor é a aceitação.

Mas como introduzir uma alimentação mais saudável em pessoas que não criaram estes hábitos?

Mudar hábitos é sempre difícil, mas não é impossível. Com persistência e algumas dicas, você conseguirá implementar uma alimentação mais saudável para você e sua família.

Experimente

Quando temos contato pela primeira vez com um alimento, podemos estranhar sua textura, cheiro ou sabor. Esta “estranheza” não quer dizer que você não gostou, apenas que é diferente do que você está habituado. E para passarmos desta fase, precisamos experimentar mais de uma vez.

Teste novas receitas e preparações

Quando não gostamos inicialmente de um alimento, podemos tentar outras formas de prepará-lo. Uma cenoura pode ser consumida crua, cozida, assada… os tubérculos (inhame, mandioca, batatas…) assados, cozidos, em forma de purê.

Podemos ainda colocar o alimento misturado a outro que você já gosta: brócolis no macarrão (preferencialmente integral), por exemplo. Ou a mesma cenoura recheando uma carne.

Cada forma de preparo, trará texturas e sabores diferentes, mas os mesmos benefícios.

Dê o primeiro passo

Podemos começar aos poucos, com pequenas porções, mas precisamos manter constância! O ideal é consumirmos 5 a 6 porções de frutas, verduras e legumes ao dia, mas para quem não consome nenhuma, o que conseguirmos incluir, já será benéfico. Aos poucos, vamos aumentando as porções e a frequência.

Envolva a família

É interessante envolver os demais moradores da casa na mudança pois além de beneficiar a todos, fica mais fácil quando não temos que conviver com tantas guloseimas na nossa dispensa ou geladeira.

Vá a feiras e hortifrutis

Tente experimentar sempre novos sabores, ir e levar as crianças a feiras ou hortifrutis. Lembre-se que os alimentos da época são mais frescos, mais baratos e necessitam de menor quantidade de agrotóxicos.

Teste novas receitas e experiências. Podemos não gostar de algumas, mas, tenho certeza que serão descobertos alimentos surpreendentes e deliciosos.

Planejamento é a chave para vencermos a correria do dia-a-dia

Planejar as refeições também pode impactar positivamente na sua alimentação. Devemos fazer um pré-preparo dos alimentos, lavando e dividindo em porções logo após comprarmos. Podemos também deixar alimentos que têm tempo de cozimento mais longo como feijões ou grão de bico já cozidos e congelados. Isto facilitará na hora de cozinhar.

Muitas vezes na correria do dia a dia, achamos mais prático “abrir pacotes” do que gastar tempo preparando os alimentos. Mas com um pouco de planejamento e os alimentos prontos para uso como dissemos acima, conseguimos utilizá-los com a mesma velocidade que abriríamos uma lata ou um pacote e com muito mais saúde!

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