Você sabia que usar suplementos e vitaminas pode aumentar o risco de doença cardiovascular e câncer?

Os micronutrientes – vitaminas e minerais – encontrados nos alimentos que consumimos são extremamente necessários para o funcionamento adequado do nosso organismo.

Mas será que a suplementação destes nutrientes também é benéfica?

O uso de suplementos vitamínicos e minerais nunca será capaz de substituir uma dieta equilibrada ou de compensar um estilo de vida ruim.

Mas por que todo mundo usa?

A indústria destes produtos movimenta US$30 bilhões por ano nos Estados Unidos (não temos estes dados daqui do Brasil) e 52% dos americanos utiliza pelo menos um suplemento.

É um valor muito alto e um trabalho enorme de marketing.

Mas será que não ajudariam nem um pouquinho?

A maioria dos estudos randomizados não demonstra benefício no uso de vitaminas para prevenção ou tratamento de doenças crônicas.

E o pior é que alguns podem estar associados a aumento de morte por doença cardiovascular e de cânceres de próstata e pulmão.

Mas nós nunca devemos consumi-los?

Os micronutrientes dos alimentos são tipicamente melhor absorvidos pelo nosso corpo, com chance infinitamente menor de nos trazer problemas.

Suplementação rotineira não é recomendada para a população, mas são apropriadas em algumas idades e grupos de risco.

Existem sim situações onde suplementar é necessário e recomendado. São aquelas fases da vida onde temos necessidades especiais ou quando apresentamos alguma patologia que atrapalhe a absorção dos alimentos.

Quando, então, devemos suplementar?

Na gestação (e mesmo antes, ao planejar engravidar), nos lactentes (bebês que estão sendo amamentados), nos idosos e indivíduos com alimentação muito restrita, em pacientes com doenças intestinais ou que foram submetidos a cirurgia bariátrica, pacientes com osteoporose, anemias, uso crônico de algumas medicações (como a metformina – para diabetes, omeprazol – para o estômago ou os corticóides)…

Enfim, há sim inúmeras situações onde podemos utilizar estas substâncias segurança, mas não de forma generalizada.

Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio.

Que possamos ter uma vida equilibrada com uma alimentação rica e variada que seja capaz de suprir nossas necessidades, prevenindo doenças e nos possibilitando viver mais e melhor. E que a suplementação seja feita de forma orientada, baseada em evidências e nas quantidades apropriadas para cada indivíduo.

Não use suplementos sem necessidade pois você perderá dinheiro e saúde!

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